sexta-feira, 16 de abril de 2010

Schincariol abrirá 300 vagas no Estado

Schincariol abrirá 300 vagas no Estado


Publicado em 16.04.2010

Ampliação custará R$ 114 mi. Devassa será produzida no Estado

O Grupo Schincariol vai investir R$ 114 milhões para ampliar a sua fábrica recifense, localizada no bairro da Guabiraba, na Zona Norte, que é responsável por produzir cervejas (Nova Schin, Glacial e Primus) e refrigerantes (sabores cola, laranja, soda e guaraná). Até 2011, a unidade passará a fabricar 420 milhões de litros de bebidas por ano (hoje são 340 milhões). O investimento criará 300 novos postos de trabalho diretos, mais especificamente nas áreas operacional e administrativa. A preferência será por mão de obra local, revelou o diretor de relações Institucionais do Grupo Schincariol, José Domingos Francischinelli. E, no segundo semestre deste ano, ainda de acordo com o executivo, a unidade de Recife começará a produzir a cerveja artesanal Devassa.

No anúncio feito ontem no Palácio do Campo das Princesas, Francischinelli comentou que os planos da empresa são de aplicar mais R$ 86 milhões na unidade, a partir de 2012, também para aumento da produção e início da fabricação da linha de sucos da marca Fruthos no Estado. Com isso, até 2014, a planta vai produzir 600 milhões de litros por ano de bebidas. Atualmente, as fábricas pernambucanas do Grupo Schincariol (do Recife e de Igarassu) atendem, além de Pernambuco (onde é líder no segmento de cervejas, com 37% de participação, segundo dados da Nielsen, empresa especializada em informações de mercado), a Paraíba, Sergipe e o Rio Grande do Norte.
“Nós estávamos operando com toda a nossa capacidade de produção desde o ano passado. Pernambuco é o Estado que mais cresce no Nordeste e isso tem elevado o consumo de bebidas”, comentou o executivo. Quanto a fabricação da marca Devassa, Francischinelli explicou que o produto é muito bem aceito no Sul e Sudeste, o que lhe dá cacife para ser inserido com maior impacto no mercado nordestino. E com a fabricação local, o natural é que haja uma diminuição no preço final para o consumidor, pois gastos como o de logística serão reduzidos, acrescentou.
Inicialmente, o Grupo Schincariol pretendia instalar uma nova fábrica em outro Estado. Sergipe e Paraíba estavam na briga. No entanto, bastou um dia de negociação com o governo do Estado para ficar acertado um aumento nos benefícios fiscais da empresa. Antes, a indústria tinha uma isenção de 75% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e agora passará a ter 85%. “Isso foi feito para evitar que a fábrica migrasse”, revelou o diretor de negócios da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Aimar Soriano.
Além da manutenção do empreendimento em solo pernambucano, a ampliação da fábrica irá trazer outros reflexos positivos para economia do Estado. Para acompanhar o aumento na produção, haverá um crescimento de importações de malte, cevada e lúpulo (ingredientes da cerveja) e maior compra de açúcar e latas de fornecedores locais. No primeiro momento, o investimento irá contemplar a área de construção civil (aquisição de área e reformas estruturais). Em seguida, será feita a compra de novas máquinas e equipamentos, para então ter início as contratações de novos empregados. A empresa emprega hoje 1.150 pessoas na unidade da capital.
FONTE: http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/04/16/not_373645.php

terça-feira, 6 de abril de 2010

Refinaria pode atrair projetos de US$ 200 mi

A Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, e a empresa norte-americana Oxbow Carbon Minerals LLC assinaram ontem dois acordos que devem resultar na instalação de uma unidade de beneficiamento de coque - subproduto do petróleo produzido na refinaria. O primeiro acordo firmado formalizou um estudo de viabilidade da unidade de calcinação, enquanto o segundo documento trata da parceria para a comercialização do coque pela Petrobras e pela Oxbow. O investimento total no empreendimento chega a US$ 200 milhões.

"Foram cerca de três anos discutindo a possibilidade de instalar uma unidade calcinadora de coque, matéria-prima da indústria de alumínio. A consolidação deste projeto trará para Pernambuco a terceira calcinadora deste tipo no país. Hoje, a única em operação encontra-se em São Paulo e a Petrobras vai começar a construção da segunda unidade, no Rio de Janeiro", explicou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

A unidade de calcinação agregavalor aos subprodutos do petróleo produzido na refinaria. A calcinadora transformará o coque verde em coque em pó. A previsão é de que a empresa tenha capacidade de processar 500 mil toneladas de coque por ano (mesma quantidade beneficiada atualmente em Cubatão, onde funciona a única calcinadora do Brasil). As negociações começaram em 2007, durante visitas do governador Eduardo Campos a escritórios da Oxbow em Miami (EUA) e em Roterdã (Holanda).

"Essa unidade industrial vai ajudar a aumentar a receita da refinaria e das empresas que vão se instalar aqui. É mais um investimento que coloca Suape no centro de empreendimentos nas áreas de petróleo, gás e offshore. A previsão é de 300 empregos diretos com a instalação", frisou o governador Eduardo Campos.
De acordo com o presidente da subsidiária da Oxbow no Brasil, a Tecop, Jan Ruijsenaars, o destino do coque processado deve ser a Europa, os Estados Unidos e alguns países do Oriente. O coque, depois de processado, é utilizado, entre outros setores, nas indústriasde alumínio, cimento e cerâmica - dependendo do teor de enxofre presente.
 
"O estudo de viabilidade deve demorar cerca de um ano para ficar pronto e a unidade calcinadora ficará pronta um ano e meio depois da conclusão da refinaria. Já atuamos neste tipo de empreendimento em outras partes do mundo, inclusive na Argentina e no Kwait", detalhou Ruijsenaars.


Refinaria Abreu e lima
Área total - 660 hectares (70% de área construída)
Investimento total - US$ 13,3 bilhões*
Compromissos já assumidos pela Petrobras - US$ 10 bilhões*
Total já executado - US$ 984 milhões*
Empregos - 5.180 trabalhadores atualmente; 8 mil até o fim de 2010; e 23.500 em outubro de 2011 (pico da construção)
Capacidade de processamento - 230 mil barris/dia
Produção - 70% de diesel e os 30% restantes de subprodutos de petróleo

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/04/06/economia5_0.asp