A Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, e a empresa norte-americana Oxbow Carbon Minerals LLC assinaram ontem dois acordos que devem resultar na instalação de uma unidade de beneficiamento de coque - subproduto do petróleo produzido na refinaria. O primeiro acordo firmado formalizou um estudo de viabilidade da unidade de calcinação, enquanto o segundo documento trata da parceria para a comercialização do coque pela Petrobras e pela Oxbow. O investimento total no empreendimento chega a US$ 200 milhões.
"Foram cerca de três anos discutindo a possibilidade de instalar uma unidade calcinadora de coque, matéria-prima da indústria de alumínio. A consolidação deste projeto trará para Pernambuco a terceira calcinadora deste tipo no país. Hoje, a única em operação encontra-se em São Paulo e a Petrobras vai começar a construção da segunda unidade, no Rio de Janeiro", explicou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
A unidade de calcinação agregavalor aos subprodutos do petróleo produzido na refinaria. A calcinadora transformará o coque verde em coque em pó. A previsão é de que a empresa tenha capacidade de processar 500 mil toneladas de coque por ano (mesma quantidade beneficiada atualmente em Cubatão, onde funciona a única calcinadora do Brasil). As negociações começaram em 2007, durante visitas do governador Eduardo Campos a escritórios da Oxbow em Miami (EUA) e em Roterdã (Holanda).
"Essa unidade industrial vai ajudar a aumentar a receita da refinaria e das empresas que vão se instalar aqui. É mais um investimento que coloca Suape no centro de empreendimentos nas áreas de petróleo, gás e offshore. A previsão é de 300 empregos diretos com a instalação", frisou o governador Eduardo Campos.
De acordo com o presidente da subsidiária da Oxbow no Brasil, a Tecop, Jan Ruijsenaars, o destino do coque processado deve ser a Europa, os Estados Unidos e alguns países do Oriente. O coque, depois de processado, é utilizado, entre outros setores, nas indústriasde alumínio, cimento e cerâmica - dependendo do teor de enxofre presente.
"O estudo de viabilidade deve demorar cerca de um ano para ficar pronto e a unidade calcinadora ficará pronta um ano e meio depois da conclusão da refinaria. Já atuamos neste tipo de empreendimento em outras partes do mundo, inclusive na Argentina e no Kwait", detalhou Ruijsenaars.
Refinaria Abreu e lima
Área total - 660 hectares (70% de área construída)
Investimento total - US$ 13,3 bilhões*
Compromissos já assumidos pela Petrobras - US$ 10 bilhões*
Total já executado - US$ 984 milhões*
Empregos - 5.180 trabalhadores atualmente; 8 mil até o fim de 2010; e 23.500 em outubro de 2011 (pico da construção)
Capacidade de processamento - 230 mil barris/dia
Produção - 70% de diesel e os 30% restantes de subprodutos de petróleo
FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/04/06/economia5_0.asp
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