CSN anuncia siderúrgica de US$ 6 bilhões em Suape
Publicado em 27.06.2008
Previsão é que sejam criados 800 empregos diretos e outros 2.400 indiretos. Unidade vai começar produzindo 500 mil toneladas de aço por ano
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai implantar uma siderúrgica para produzir aço no Complexo Industrial e Portuário de Suape. Na primeira fase do projeto, o investimento será de US$ 1,3 bilhão (R$ 2,8 bilhões) e o empreendimento deve começar produzindo 500 mil toneladas de vergalhão e fio-máquina anuais e faturamento de R$ 1 bilhão por ano. Com as expansões que podem ocorrer, o investimento total pode chegar a US$ 6 bilhões (R$ 9,6 bilhões).
O novo empreendimento foi anunciado ontem pelo diretor-executivo de produção da CSN, Eneas Garcia Diniz, e pelo governador Eduardo Campos (PSB). As obras devem começar em um ano e a primeira etapa da siderúrgica será concluída entre três e quatro anos. No pico da construção, as obras empregarão 1.150 pessoas.
A planta deve gerar 800 empregos diretos, dos quais 600 serão funcionários da CSN e 200 terceirizados. Devem ser criados 2,4 mil empregos indiretos, de acordo com a CSN. O empreendimento vai ocupar uma área de 337 hectares, localizada na Ilha de Cocaia e uma parte na Ilha de Tatuoca – onde já está sendo implantado o Estaleiro Atlântico Sul.
A siderúrgica usará duas matérias-primas: o minério de ferro e o carvão. O primeiro virá da Casa de Pedra, que a empresa tem em Minas Gerais e sairá pelo Porto de Itaguaí, no Rio. Já o carvão será importado de vários países, como Indonésia, Canadá e Estados Unidos. Ambos chegarão por Suape.
As expansões serão feitas em duas etapas e quando o projeto inteiro estiver instalado – num prazo estimado de seis anos – serão produzidas 3,5 milhões de toneladas de vergalhão e fio-máquina. O vergalhão é usado na construção civil e o fio-máquina pode ser usado na fabricação de parafusos, estantes, esponjas de aço, cabos de aço, etc.
“O empreendimento pode atrair outras indústrias para o Estado, como fabricantes de eletrodomésticos de linha branca (fogões, freezers e geladeiras)”, afirmou Eduardo Campos, alegando que a demanda de aço pelo estaleiro deve ajudar a CSN a tomar as decisões de expandir a siderúrgica. O governo do Estado concedeu um desconto de 95% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a nova planta.
Esta não é a primeira vez que a CSN anuncia a implantação de uma siderúrgica no Estado. Há quase dez anos, a empresa anunciou uma siderúrgica, com a presença do presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. A fábrica não saiu do papel. “Não é o mesmo projeto, aquele tinha um problema técnico”, comentou Diniz.
FONTE: http://jc.uol.com.br/jornal/2008/06/27/not_287914.php
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